sexta-feira, 10 de agosto de 2007



VITRINA - FEIRA DE ARTE

A idéia é ampla. Um projeto de mobilização da comunidade. Apresentamos o panorama da criatividade não conscientizada através das lojas de comércio no “visual” do seu dia-a-dia. A pergunta: isto é arte? Respondemos afirmativamente, propondo uma grande feira de artes ao SESC com atuação de seus associados. São três os espaços criativos da cultura popular, base de união ou ponto convergente para a realização deste encontro: o futebol, o carnaval e a umbanda. Feira canalizadora das espontâneas “vitrinas” que pretendemos mostrar; o lado aleatório da criação e o lado objetivo do vitrinista, na sua função específica que é o comércio. Por isto, o artista autor desta idéia terá uma função questionadora, investigadora e orientadora, cabendo à comunidade, em causa, a função executiva na montagem do evento, cedendo o material e elaborando o “visual”. Sendo trabalho de equipe, caberá ao SESC a coordenação do projeto contatando lojas, vitrinistas e comerciantes estabelecidos na praça.
Em nosso trabalho de investigação já temos alguns dados colhidos, que exemplificam a tese elaborada. A partir do carnaval registramos em Super-8 algumas lojas do Centro da Cidade e em Campo Grande. Fotograficamente registramos a imagem carnavalesca que é vendida espontaneamente nas lojas de pequeno, médio e grande porte. Um exemplo do interesse desta feira é a tradicional Casa Turuna, que se dedica há longos anos ao comércio permanente de artigos de carnaval e umbanda. Levados pela idéia, a documentação deste material visual foi profundamente mobilizadora e acreditamos que será extremamente emocionante para todos a realização deste trabalho. Podemos acrescentar detalhes para ilustrar melhor; observando a promoção do carnaval notamos o conjunto que vai dos mais pobres aos mais sofisticados materiais: plumas, paetês, lantejoulas e miçangas com formas e maneiras próprias de amostragem. Cordões, colares de havaianas, tecidos usados entre si ou com a utilização de outros materiais, enriquecem o artigo exposto. Máscaras com seu mundo particular podem ser encontradas em várias faixas de preço, e a variedade corresponde aos processos utilizados de manuseio e apelos táteis conhecidos. Na Casa Mattos, ao alcance da mão, temos as máscaras de papel impressas em off-set. Em Campo Grande e Santa Cruz ainda podemos encontrar as antigas máscaras de papier-marché e as de “Clóvis”, em telas pintadas semi-artesanalmente, são encontradas em grande número, revelando uma fonte distribuidora. Qual será? O material para carnaval, já confeccionado, é colocado “à vista” em diferentes modos de apresentação. Ilimitadas maneiras de expor o mesmo produto nos levam a pensar em criatividade e em recursos operacionais formais com saber próprio. Enfim, o assunto é muito rico.
Apresento aqui a proposta. O SESC desdobraria e detalharia o assunto com seus associados. O artista apresentará em tempo, o espaço imaginário da exposição elaborada, deixando margem para intervenções espontâneas do vitrinista. É importante que a idéia seja contínua, desdobrando-se em outras feiras a partir do SESC (da Tijuca?). Paralelamente é importante a confecção de “revista-livro” como catálogo orientador da proposta. As três áreas desenvolvidas por textos deverão ser acompanhadas de imagens reais que revelem a natureza ilimitada das artes visuais. Outros fotógrafos poderão ser contratados para documentar detalhes das lojas. O paginador e diagramador deverá estar ligado ao assunto. Textos de especialistas poderão ser encomendados. Não podemos apresentar orçamento para a confecção da revista porque é impossível fazê-lo agora, prevendo o número de tiragens e a quantidade de informações que são ilimitadas, dependendo assim, diretamente, do interesse do produtor (SESC) e os limites fixados pelos possíveis patrocinadores.
Para acentuar o registro do tema, propomos também um documentário áudio visual em 35mm, do circuito normal de cinema profissional, enfocando a feira de arte “VITRINA”. Ou seja, o final do campeonato carioca de futebol, a passagem do ano nas praias (com a festa de Iemanjá), e o carnaval concluindo o trabalho. Tudo isto a partir do registro atualizado e detalhado das lojas como ponto convergente e “gancho” jornalístico da feira “VITRINA” (SESC TIJUCA). Também não podemos apresentar orçamento, pois não podem ser calculados sem contar com os recursos e informações reais dos interessados. Que condições teriam os associados do SESC para a realização deste trabalho?
Lembramos que esta carta proposta, um trabalho criativo de mobilização do SESC e suas potencialidades, fica sujeita à criatividade de seus organizadores com a participação direta do artista (animador cultural do evento). Registro no SESC o nome do senhor Ivan Cavalcante Proença, conhecido roteirista do cinema nacional, ligado à esta instituição (SESC), que poderá dar significativa contribuição para o nosso trabalho proposto. Assinalo a necessidade de contato mais prolongado para o desenvolvimento do trabalho agora idealizado.


Equipe:
. ALOYSIO ZALUAR
. LULA RODRIGUES – fotógrafo
. JOSÉ CRUZ – diagramador
. RAMON ALVARADO – documentarista


Relação de lojas pesquisadas:
. Casa Turuna Magazine Ltda - Rua Senhor dos Passos, nº 77/81
. Santos Menezes & Cia Ltda - Rua Senhor dos Passos, nº 84
Campo Grande (Centro)
. (sem nome) - Rua Coronel Agostinho, nº 1
. Eunice - Rua Coronel Agostinho, nº 12
. Lojas Luzes - Rua Coronel Agostinho, nº 13
. Charbel - Rua Coronel Agostinho, nº 34
. Silbene - Rua Coronel Agostinho, nº 52


nnnnnnnnnnnCRIADORECRIATURA

nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn

DIABÂO:- As mulheres dizem que os homens são uns diabos, mas todas elas pedem a Deus uns diabos que as carreguem (Av. Rio Branco-Rio 63) Foto AZ...Apesar de todas as evidências de minha opção expressiva pelo carnaval, desde1961, quando roubaram minhas primeiras pinturas sobre o tema (TV Continental), e a partir dai com todo tipo de linguagem visual sendo usada (desenhos, gravuras, pinturas, fotografia,decoração, alegorias, exposiçoes e amostragens públicas) em galerias e nas ruas. Nada de muito importante, sómente idéias e atitudes visíveis, mas não é que, nos anos 70, um crítico fujão (do JB e do Brasil) imaginou me colocar a reboque de outro 'artista plástico' (detesto esta titulação). Aquele que emergia da crítica, por direito, como o agitador cultural daquela tradicional festa popular, bombado pelo registro adentrou pelo histórico das artes visuais com os velhos tamancos massívos do Cacique de Ramos. Coisas deixadas de lado, sem muita importância, mas gravadas pelos subterfúgios estéticos similares. O mesmo artista sabido, que imaginou ainda eleger, como menbro de juri do falecido SNAM, a presidente de nossa visada assossiação de classes (Rio 67 ou 68?). Pois é, uma situação coletiva delicadíssima, pela proposição politicamente inoportuna e particularmente constrangedora, por isto foi barrada no baile. Fui contra a fantasiada disputa pelo Salão de Arte Moderna, com aval da diretoria e de nossa associação. Pior seria uma eventual conquista estratégica (Prêmio de Viagem) do nosso companheiro de diretoria; se mandando para o exterior às nossas custas? Não consigo imaginar, numa situação como aquela, se propor uma coisa assim. Pois é, mais adiante voltou a insistir comigo, que tinha um outro posicionamento político, numa nova aventura, me colocando em outra contrangedora situação. Primária, ingenua e intransferivel posição, que sequer levava em conta minha própria movimentação, o que poderia nos levar a morte ou a tortura. Situações que assumia, quando me davam opções de decisão. Nunca gostei de ser colocado em risco. O que não me faltam são testemunhos de solidariedade com pessoas em situações arriscadas. Valeu? Só não entendo porque, sendo aquele artista, aparentemente radical, na época não ter embarcado em suas próprias opções políticas....Saia pra lá, cara pálida, com suas contradições sucessivas, se não aguento nem as minhas porque embarcaria nas suas? È aquele tipo, espertamente social, que esta sempre numa boa. Eu não, sou o diabão mal falado. Memória coletiva. Lingua de trapo, no salão das aparências atualizadas; como os demolidores construtores avalizados, do mercado de arte, de onde fui banido. AZ OcoletordeImagens RIO2007

O LIVRO NEGRO DO AL ZALU
_____________________________________$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$______________________$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$_________nnnnnnnnnnnnnnnnnnn

////////////////////////////////////////////////////////// ___________________________________________________+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++_______+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnpoispoispoispoispoispoispoispoispoispoispoispoispoispoispoisnãooo

<<<<<<<<<<<<<<< <<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<<< MACACO PREGO>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

<<<<<<<<<<<<<<<<<<>>>>>>>>>>>>>>>>>>