quinta-feira, 9 de agosto de 2007


TRAPIZONGAS :olha aí, seus espertinhos (menina do rio e jeca-tatu), imantados pelo interesse público, nós ja percebiamos suas andanças pelos patrocínios e nunca entendemos este desembaraço burocrático bem sucedido. É a tal politica do ocaso coletivo. Por acaso, em uns e outros, podemos imaginar a superação da concorrência através das mais finas reuniões sociais. Fica evidente, sem contestação, o velho beija mão especulativo do esteta da precisão. Agradável, subserviente e amigo. E o andrélote? São rupturas modernosas das últimas tarsilas que continuam? Fenomenal. Fantástico casamento com os informes coletivos, naquelas ancestrais aulas da belas artes. Paciência sô, preferimos uma má pintura verdadeira, aos romerosdebrito-espertinhos. Milharesdedolares jogados na latrina decorativa do sub-mundo globoçal; neste caso, sem essa, fico mesmo com meus amigos da vanguarda conceitual. Pisca-pisca segurou o pau-a-pique do caipirismo paulistano e foi tomar banho de Rio. Deslumbramento é isto: poder superar-se culturalmente. Carioca, não chegou a ser como a Kathe Kollwitz, que misturava sua arte com a militância política de suas idéias socialistas (comunistas) vividas em Berlim, até o "total domínio" nazi-fascista SOB sua existência indivisível.Ao contrário, nossa heroina contemporânea é ecóloga e não mistura arte com política, mas tenta se aproximar, como o chapolin colorado, de uma bôa imagem orgânica antenada à mídia. Ainda bem que alguém conserva o bom humor...

DESENHO:ESTRUTURA MULTIFORME DE TODAS AS COISAS
Nesta exposição, mostro desenhos recortados em madeira e colados sobre superfícies bidimensionais e tridimensionais. O todo, evidentemente, já é um desenho com altos e baixos relevos, vazados e saliências, que podem ser observadas de vários ângulos. Realizados com chapadas vinílicas cobertas de grafismos de tinta automotiva, servem como suporte de pequenos detalhes pessoais, desenvolvidos pelos caminhos do metier. Estas peças, em preto e branco, tratadas contra fungos e outros parasitas, por serem estruturalmente fortes e utilizarem uma linguagem própria aos artistas gráficos profissionais, são escudos à toda argumentação contrária ao desenho pela alegada perecibilidade do material. Isto porque, ao associarem-no à fragilidade do papel acaba-se subtraindo deste meio técnico e expressivo, que jamais poderá ser substituído, um valor que é inerente a própria existência humana. Viajando no tempo, desenho e papel, inseparáveis, transformaram-se em documentos históricos fundamentais. Sem eles nada poderíamos saber.
Relançaremos também nossa “Trapizonga”, escultura acústica, criada no laboratório de desenho industrial da PUC-Rio (LOTDP). Construída com sucatas encontradas no local, élo e princípio dos desenhos atuais, são contraponto auditivo das questões visuais enfatizadas aqui. Manipulável, sucesso de público, ficará plenamente integrada ao SESC de Petrópolis, podendo ser tocada, por crianças, adolescentes e adultos que usufruem deste centro de aprendizagem e lazer. Assim, pensamos trocar informações com seus professores, artistas da região e a comunidade
local em torno destas questões ligadas ao desenho, sua abrangência social e sua linguagem expressiva.

AZ_LOTDP_PUC RIO 1994 FOTO PAULO SCHETTINO









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